Dezembro chegou e com ele a temporada mais quente do ano. Para alertar a população sobre o câncer de pele, a campanha Dezembro Laranja ganha destaque ao longo do mês promovendo a conscientização sobre os cuidados necessários com a saúde da pele, além da detecção e tratamento precoces.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum da doença na população brasileira, responsável por 31,3% dos casos. Felizmente, o não melanoma tem baixa mortalidade, se tratado adequadamente.
Além da exposição excessiva ao raios ultravioleta do sol, outros aspectos como histórico familiar, peles mais claras e queimaduras, também são fatores de risco para o surgimento do câncer de pele.
O câncer de pele é causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Ele é dividido em dois tipos: melanoma e não melanoma.
A principal diferença entre melanoma e não melanoma está no tipo de células da pele a partir das quais esses cânceres se originam, bem como em seu comportamento e risco de disseminação.
Continue lendo para saber mais sobre as diferenças entre cada um deles.
Origem celular
O melanoma se desenvolve a partir dos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele, e é mais frequente em adultos brancos. É o menos comum, no entanto, têm o maior índice de mortalidade.
Aparência
As lesões de melanoma geralmente têm uma aparência irregular, assimétrica e podem ter várias cores (preto, marrom, vermelho ou azul). Elas também podem ter bordas irregulares e mudar de forma ao longo do tempo.
Comportamento
O melanoma é conhecido por ser mais agressivo e com mais probabilidade de se espalhar para outras partes do corpo, incluindo órgãos internos e gânglios linfáticos. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente.
O não melanoma pode ser classificado em carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma espinocelular (CEC).
Origem celular
Carcinoma basocelular (CBC): origina-se das células basais da epiderme.
Carcinoma espinocelular (CEC): origina-se das células escamosas da epiderme.
Aparência
Carcinoma basocelular (CBC): geralmente aparece como uma protuberância brilhante, rosa ou vermelha, com uma área central que pode ulcerar.
Carcinoma espinocelular (CEC): apresenta-se como uma lesão elevada, frequentemente com uma superfície escamosa, e pode ulcerar.
Comportamento
Os carcinomas basocelular e espinocelular geralmente crescem mais lentamente do que o melanoma. Embora o carcinoma espinocelular possa ter uma taxa ligeiramente maior de disseminação, ambos têm um risco muito menor de se espalhar para outras partes do corpo em comparação com o melanoma.
As partes do corpo mais afetadas pelo câncer de pele estão localizadas nas regiões mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, orelhas e couro cabeludo. E, como dito anteriormente, a doença se manifesta em forma de pintas, manchas, eczemas ou outras lesões benignas.
Somente um exame clínico feito por um especialista e a biópsia podem, de fato, diagnosticar o câncer de pele e seu tipo. Contudo, para que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, é importante ficar de olho nos seguintes sinais:
O câncer de pele do tipo melanoma também pode apresentar outros sintomas, dependendo de sua extensão, como, por exemplo: nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar, tosse, dores abdominais e de cabeça.
Regra do ABCDE para reconhecer sinais de câncer de pele
A regra do ABCDE é indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
Assimetria
Assimétrico: maligno
Simétrico: benigno
Borda
Irregular: maligno
Regular: benigno
Cor
Dois tons ou mais: maligno
Tom único: benigno
Dimensão
Superior a 6mm: provavelmente maligno
Inferior a 6mm: provavelmente benigno
Evolução
Cresce e muda de cor: provavelmente maligno
Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno
Em caso de sinais suspeitos, procure sempre um especialista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.
Lembre-se que, em caso de suspeita ou incômodo, a consulta com o profissional especializado da área da saúde é a atitude aconselhável.
Seguindo essas recomendações, é possível desfrutar com mais tranquilidade os momentos de lazer tanto no verão quanto nos outros dias do ano.