A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de pele, e um dos aspectos mais importantes desse procedimento é a margem de segurança. Esse conceito se refere à remoção de uma quantidade extra de pele saudável ao redor do tumor, com o objetivo de garantir que todas as células cancerosas sejam eliminadas, reduzindo o risco de recidiva.
Mas qual deve ser a extensão dessa margem? Como os médicos determinam o quanto retirar? E qual a importância disso para o sucesso do tratamento? Vamos entender melhor.
Quando um cirurgião remove um tumor de pele, ele não extrai apenas a lesão visível. Para evitar que células cancerosas permaneçam na área e voltem a se multiplicar, é feita a remoção de uma porção adicional de pele ao redor do tumor, chamada de margem de segurança.
O objetivo é garantir que a borda do tecido retirado esteja livre de células malignas, algo que pode ser confirmado por exames laboratoriais. Caso sejam encontradas células tumorais na margem, pode ser necessária uma nova cirurgia para ampliar a remoção.
De acordo com diretrizes internacionais, a extensão da margem varia conforme o tipo de câncer de pele e suas características.
Evita recidivas: se o tumor não for totalmente removido, células malignas remanescentes podem continuar a crescer e se espalhar.
Melhora o prognóstico: pacientes que passam por cirurgias com margens adequadas têm taxas de cura significativamente mais altas.
Diminui a necessidade de tratamentos adicionais: quando a remoção é completa, o paciente pode evitar procedimentos extras como radioterapia ou uma nova cirurgia.
Um estudo publicado no British Journal of Dermatology mostrou que o risco de recidiva em cinco anos pode ser até 50% maior quando a margem de segurança é insuficiente, reforçando a importância da remoção completa.
Após a cirurgia, o tecido retirado passa por uma avaliação hitopatologica para verificar se todas as células cancerosas foram eliminadas. Se a análise identificar células tumorais nas bordas do material removido, pode ser necessário um novo procedimento para ampliar a margem.
Algumas técnicas, como a cirurgia com o exame de congelação intraoperatoria permitem uma análise mais precisa das margens durante o próprio procedimento, reduzindo o risco de novas intervenções
A decisão sobre a margem de segurança ideal é feita pelo cirurgião com base no tipo de câncer, na localização da lesão e no histórico do paciente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menores são as margens necessárias e maior a taxa de sucesso do tratamento.
Se você tem um diagnóstico de câncer de pele, converse com seu médico sobre a margem de segurança e a importância do acompanhamento pós-cirúrgico. O tratamento correto pode evitar complicações futuras e garantir melhores resultados.