Um dos tipos mais comuns na região da cabeça e pescoço, o câncer de laringe representa 25% dos casos registrados da doença. São mais de 7 mil novas ocorrências por ano, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Fazer os questionamentos certos é uma maneira de se manter informado sobre as causas dessa enfermidade, a importância do diagnóstico precoce e as formas de prevenção.
Os principais fatores de risco são o cigarro e o álcool. A associação entre ambos e seu uso abusivo aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença.
Estresse vocal e exposição a substâncias nocivas como solventes orgânicos, agrotóxicos, fuligem de carvão, entre outros, também são fatores de risco para o câncer de laringe.
O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação de abordagens. A cirurgia é conhecida como laringectomia, que consiste na remoção de parte ou de toda a laringe.
A remoção de toda laringe, conhecida como laringectomia total, pode ser necessária em estágios mais avançados da doença. Nesse caso, o paciente perde a fala normal, mas outras formas de comunicação são possíveis. A conexão entre a garganta e o esôfago, geralmente, não é afetada e o paciente se alimenta normalmente após a cicatrização.
Em casos menos agressivos, a retirada de parte do órgão é recomendada, a chamada laringectomia parcial. Dependendo da localização do tumor, a voz do paciente é preservada. Por isso, no pós-operatório é necessário o acompanhamento por profissionais especializados na área de fonoaudiologia.
Em geral, o câncer de cabeça e pescoço responde muito bem ao tratamento. Em 70% dos casos a laringe é preservada.
Entretanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e, por consequência, o tratamento, maiores são as chances de cura. Para se ter uma ideia, 90% dos pacientes diagnosticados precocemente são curados.
A melhor forma de evitar o câncer de laringe é se afastar de seus principais fatores de risco: o cigarro e a bebida alcoólica em excesso.
Da mesma maneira, cuidar bem da voz e manter tanto uma rotina com hábitos alimentares saudáveis quanto atividades físicas são caminhos para ter mais qualidade de vida.