O câncer de tireoide ganhou evidência nas últimas semanas, desde que uma das participantes da atual edição do Big Brother Brasil, a atriz Carla Diaz, de 30 anos, falou sobre a descoberta e o tratamento de um tumor maligno na tireoide, em 2020.
Curada, Carla levantou um importante alerta sobre a doença, que afeta três vezes mais as mulheres do que os homens, sendo o tipo mais comum entre os cânceres de cabeça e pescoço.
Devido às alterações hormonais que o organismo feminino sofre ao longo dos anos, as mulheres têm mais probabilidade de desenvolver a doença.
Pessoas com certos fatores de risco também são mais vulneráveis que outras à doença. No entanto, a causa exata do câncer de tireoide não é conhecida.
A exposição à radiação pode causar neoplasia – crescimento anormal do número de células – da tireoide e muitos nódulos podem aparecer de 10 a 20 anos após exposição à radiação.
Quando detectada precocemente, como foi o caso da atriz Carla Diaz, as chances de cura são altas. Na maioria dos casos, após a cirurgia não há recidiva ou metástase.
A tireoide é uma glândula endócrina formada pelos lobos direito e esquerdo, unidos por uma porção central denominada istmo. Com formato que lembra uma borboleta, ela está localizada na região do pescoço, abaixo do pomo de adão.
Ela produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4) responsáveis por regular a função de órgãos como coração, cérebro, fígado e rins. É ela que garante o equilíbrio do organismo, pois atua no crescimento e no desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
Na fase inicial, o tumor na tireoide pode ser assintomático. Quando os sintomas aparecem, o mais comum é o nódulo palpável ou visível na região da tireoide ou do pescoço. Quando em estágios mais avançados o paciente pode manifestar os seguintes sintomas:
Em geral, o tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico (tireoidectomia total ou parcial) e leva em conta o tipo e a gravidade da doença. A experiência do cirurgião é indispensável para identificar se o nódulo apresenta risco de tumor maligno, que deverá ser removido por meio de cirurgia.
A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de tireoide e algumas vezes pode ser necessário associar outras formas para complementar o tratamento.
A maioria dos nódulos tireoideanos corresponde a doenças benignas da glândula. No entanto, é importante que todo paciente que apresenta nódulo de tireoide suspeito seja avaliado por um cirurgião de cabeça e pescoço para definir a investigação e conduta para o caso.
O câncer de tireoide tem alta taxa de cura chegando a 95% dos casos, quando tratado de maneira adequada. Após o tratamento, o acompanhamento de longo prazo com o cirurgião de cabeça e pescoço é muito importante para monitorar a saúde do paciente.