Câncer nas glândulas salivares: sintomas e tratamento - Dr. Ricardo Mai
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Câncer nas glândulas salivares: sintomas e tratamento

Ricardo Mai Rocha - quarta-feira, 10 maio de 2023

As glândulas salivares são estruturas responsáveis pela produção da saliva que, além de lubrificar a boca e a garganta, contém enzimas (responsáveis pelo começo do processo de digestão), anticorpos e outras substâncias que ajudam a evitar infecções nessas áreas.

Os sinais de alterações nas glândulas salivares são facilmente confundidos com os de outras enfermidades, quando não há o diagnóstico apropriado, mas é preciso conhecimento e atenção, pois podem indicar o surgimento de câncer.

Quais são os sintomas de câncer nas glândulas salivares?

Ainda que esse tipo de câncer seja responsável por apenas 0,3% a 1% de todos os tipos de neoplasias malignas, e de 5% a 7% entre os tipos de câncer de cabeça e pescoço, é essencial conhecer os sintomas para identificar os indícios de que algo está errado com as glândulas salivares, como:

Nódulo ou inchaço na boca, bochecha, mandíbula ou pescoço.

Dor persistente na boca, bochecha, mandíbula, ouvido ou pescoço.

Diferença de tamanho ou forma entre o lado direito e esquerdo da face ou do pescoço.

Perda de sensibilidade em parte do rosto.

Fraqueza dos músculos de um lado da face.

Dificuldade para engolir.

É importante ressaltar que muitos desses sintomas também podem ser causados por tumores benignos ou outras doenças. Todavia, se apresentar qualquer um deles, o médico especialista deve ser consultado para que a causa seja diagnosticada e o tratamento iniciado.

Como é o tratamento?

O tratamento mais indicado para câncer nas glândulas salivares é a cirurgia para a retirada do tumor em seu local de origem. Em casos específicos, também é realizada a remoção dos gânglios linfáticos. Para casos de tumores mais agressivos, volumosos ou com metástase, pode ser necessária a associação da cirurgia com a radioterapia ou quimioterapia no pós-operatório.

A escolha do tratamento será feita pelo cirurgião de cabeça e pescoço levando em consideração a localização, tipo e estadiamento da doença. Também são levados em consideração o estado de saúde do paciente, as chances de cura da doença, além do impacto do tratamento em funções como fala, mastigação, deglutição e aparência estética.


Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Residência Médica em Cirurgia Geral na UFES e Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Mestrado em Medicina pela UFES.
Professor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da graduação de Medicina da UFES.
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