Desvendando os linfomas: sintomas, diagnóstico e tratamento - Dr. Ricardo Mai
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Desvendando os linfomas: sintomas, diagnóstico e tratamento

Ricardo Mai Rocha - sexta-feira, 01 setembro de 2023

No Brasil, a estimativa de novos casos de linfomas por ano chega a 15.120, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, em 15 de setembro, é uma oportunidade para disseminar informações sobre essa forma de câncer, seus sintomas, diagnóstico e tratamento.

Assim, reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre linfomas. Confira:

O que é linfoma e quais são os tipos?

Os linfomas são um grupo de cânceres que se originam nas células do sistema linfático, responsável por combater infecções e doenças, além de ajudar a drenar os fluidos do corpo. Existem dois principais tipos de linfomas: Hodgkin e não Hodgkin.

Linfoma de Hodgkin: este tipo de linfoma é caracterizado pela presença de células de Reed-Sternberg, que são células anormais encontradas nos gânglios linfáticos. O linfoma de Hodgkin é relativamente raro, mas altamente tratável.

Linfoma não Hodgkin: este é o tipo mais comum de linfoma e inclui uma variedade de subtipos. Os linfomas não Hodgkin podem afetar qualquer parte do sistema linfático e são mais complexos em termos de diagnóstico e tratamento.

Quais são os sintomas?

Os principais sinais dos linfomas Hodgkin e não Hodgkin são:

– Aparecimento de um ou mais caroços (ínguas) sob a pele, geralmente indolor, principalmente, no pescoço, virilha ou axilas;

– Febre e suores noturnos;

– Cansaço e perda de peso sem motivo aparente;

– Coceira na pele.

Apesar desses sintomas serem causados por outras condições ou enfermidades, é fundamental investigá-las, em especial, se persistirem por mais de duas semanas.

Diagnóstico dos linfomas

O diagnóstico preciso dos linfomas é essencial para determinar o tratamento adequado. O processo de diagnóstico inclui várias etapas:

Exame físico: o médico realizará um exame físico completo para verificar se há gânglios linfáticos aumentados ou outras anormalidades.

Exames de imagem: exames como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) podem ser usados para obter imagens detalhadas dos gânglios linfáticos e outras áreas suspeitas.

Biópsia: a biópsia é o procedimento mais crucial para confirmar o diagnóstico. Uma amostra de tecido dos gânglios linfáticos é retirada e examinada sob um microscópio para identificar as células cancerígenas.

Testes de laboratório: exames de sangue podem ser realizados para avaliar os níveis de certas substâncias no sangue, como os marcadores tumorais.

Como é feito o tratamento?

O tratamento indicado depende do tipo, do tamanho e da região em que se encontra o linfoma, além da idade e do estado de saúde do paciente. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea são algumas das opções de tratamento que podem ser indicadas pelo especialista, como o cirurgião de cabeça e pescoço.

Quimioterapia: o tratamento mais comum para os linfomas, que utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas.

Radioterapia: usa radiações ionizantes para eliminar as células cancerígenas.

Imunoterapia: estimula o sistema imunológico do corpo a combater o câncer.

Transplante de células-tronco: em alguns casos, um transplante de células-tronco pode ser necessário para substituir as células sanguíneas saudáveis após o tratamento agressivo.

Terapia-alvo: medicações direcionadas podem atacar especificamente as células cancerígenas.

Cirurgia: às vezes, a cirurgia é necessária para remover tumores ou órgãos afetados.

O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas é uma oportunidade para entender melhor essa doença e apoiar aqueles que estão enfrentando essa jornada.

O diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos adequados são fundamentais para aumentar as chances de cura. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando um linfoma, não hesite em procurar orientação médica e apoio emocional. Juntos, podemos aumentar a conscientização e melhorar o tratamento desse tipo de câncer.


Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Residência Médica em Cirurgia Geral na UFES e Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Mestrado em Medicina pela UFES.
Professor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da graduação de Medicina da UFES.
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