HPV é a abreviação em inglês para papilomavírus humano, uma doença sexualmente transmissível. Pessoas infectadas pelo HPV podem apresentar verrugas na pele, nos lábios, na boca, na garganta e nas regiões anal, genital e da uretra.
Existem mais de 150 tipos de HPV. Quando não diagnosticados e tratados, alguns deles podem evoluir e se transformar em câncer nas regiões do colo do útero, da vagina, da vulva, do ânus, do pênis, da boca e da orofaringe (base da língua, palato mole, amígdalas e parte lateral e posterior da garganta).
Inclusive, nos últimos anos, a infecção pelo papilomavírus tem contribuído para o aumento dos casos de câncer na boca e na garganta, regiões tratadas pelo cirurgião de cabeça e pescoço.
O mais alarmante é a incidência cada vez maior de HPV entre os mais jovens. Cerca de 54% dos brasileiros entre 16 e 25 anos estão infectados com o papilomavírus.
Além disso, 38,4% estão infectados com subtipos de HPV de alto risco, associados ao câncer de boca e garganta. Os dados são do Ministério da Saúde.
As verrugas com formato parecido ao de uma couve-flor são os principais sintomas do papilomavírus humano na boca e na garganta.
O vírus também pode causar lesões parecidas com aftas que não cicatrizam na língua, lábios e mucosa da bochecha.
Na região da garganta os sintomas mais comuns de HPV também incluem irritações na faringe e nas amígdalas, além de dor na região ao engolir alimentos.
O HPV é transmitido por relações sexuais, com ou sem penetração, por isso é indispensável o uso de preservativo no sexo vaginal, oral ou anal.
A transmissão do vírus na boca e garganta acontece pelo sexo oral sem proteção, principalmente se a pessoa que recebe tiver lesões ou verrugas causadas pelo papilomavírus.
Apesar de ser menos frequente, o vírus também pode ser transmitido durante o parto, da mãe contaminada para o bebê.
A infecção pelo HPV pode ser assintomática ou causar o surgimento de verrugas com aspecto similar ao de uma couve-flor na pele e nas mucosas, incluindo lábios, boca, garganta, ânus, vagina, pênis e uretra.
Além do uso de preservativo durante as relações sexuais, a vacina é outra forma de prevenção do HPV.
Ela é indicada para prevenir o câncer de colo do útero, mas também para prevenção do câncer em regiões da cabeça e do pescoço.
A vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
Não há cura para o HPV. Em algumas pessoas o vírus não provoca sintomas e é eliminado naturalmente pelo organismo. Porém, na maioria dos casos, é necessário tratamento para eliminar as verrugas.
A pessoa infectada pode permanecer com o vírus por toda a vida e a manifestação da infecção pode ocorrer de tempos em tempos, quando o tratamento precisa ser retomado.
Infelizmente, a doença ainda é tabu. Mas, falar sobre ela é uma forma de conscientizar a população sobre o seu risco e formas de prevenção.
Previna-se, cuide da sua saúde e da saúde dos seus familiares.