Câncer de pele: melanoma e não melanoma
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Melanoma e não melanoma: conheça os tipos de câncer de pele

Ricardo Mai Rocha - quinta-feira, 17 fevereiro de 2022

No mundo, o câncer de pele é o tipo mais comum da doença. Somente no Brasil são estimados mais de 185 mil novos casos por ano (INCA/2020).

Apesar do número elevado de novos casos, felizmente a taxa de mortalidade é baixa. Até mesmo os tipos mais agressivos da doença têm altas chances de cura quando diagnosticados e tratados precocemente.

Mas é preciso lembrar que qualquer tipo de câncer exige atenção e cuidado. Para isso, é necessário conhecer tipos e sinais suspeitos e adotar medidas que reduzem os riscos da doença, sendo a principal delas evitar a exposição ao sol sem proteção.

 

Tipos de câncer de pele

Melanoma: tem origem nos melanócitos e pode aparecer em qualquer parte do corpo na forma de manchas, pintas ou sinais. É o tipo mais grave, com possibilidade de provocar metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos).

Não melanoma: é o mais frequente. Tem mortalidade inferior ao melanoma, mas se não tratado adequadamente pode deixar sequelas, cicatrizes e até mesmo levar a óbito.

 

Fatores de risco para melanoma e não melanoma

  • Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV), principalmente na infância e adolescência.
  • Exposição a câmaras de bronzeamento artificial.
  • Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino e não tomar nenhuma medida de proteção solar.
  • Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele.

 

Detecção precoce

Embora possam parecer inofensivos, pintas e outros sinais na pele podem ser câncer melanoma ou não melanoma. Portanto, é importante conhecer seu corpo e ficar atento a qualquer mudança ou anormalidade na sua pele.

O diagnóstico precoce possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas. Porém, se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas.

 

Câncer de pele melanoma

O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele). Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo na forma de manchas, pintas ou sinais. No entanto, as regiões da cabeça e do pescoço, mais expostas aos raios solares, são as partes do corpo em que essas lesões são mais comuns.

Sinais e sintomas

O melanoma pode aparecer na pele normal ou a partir de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.

 

Câncer de pele não melanoma

O câncer de pele não melanoma representa 30% de todos os tumores malignos no Brasil, sendo o mais frequente no país e o de menor mortalidade. São estimados pelo INCA 176.930 casos novos por ano da doença.

Os tipos de não melanoma mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. A doença atinge mais frequentemente a região da cabeça e do pescoço, principalmente rosto, pescoço e orelhas, áreas mais expostas ao sol.

Sinais e sintomas

Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas são sinais e sintomas de alerta.

 

Como se proteger do câncer de pele?

  • Aplique na pele, antes de se expor ao sol, protetor solar com fator de proteção 15, no mínimo. Quanto mais clara for a pele, maior deve ser o fator de proteção.
  • Use proteção adequada como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, guarda-sol e barracas.
  • Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h.
  • Procure lugares com sombra, portanto mais frescos.
  • Use filtro solar próprio para os lábios.

Observe a sua pele e procure imediatamente um especialista a qualquer alteração ou sinal suspeito. Cuide-se!


Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Residência Médica em Cirurgia Geral na UFES e Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Mestrado em Medicina pela UFES.
Professor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da graduação de Medicina da UFES.
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