A tireoide é uma glândula endócrina que desempenha papel fundamental no corpo humano. Ela produz os hormônios T3 e T4, responsáveis por diversas tarefas, as quais garantem que coração, cérebro e outros órgãos funcionem adequadamente.
Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente ou excessiva, o que pode causar disfunções na tireoide. Quais são elas?
– Hipertireoidismo: redução na produção de T3 e T4, ocasionando elevação do TSH (hormônio tireoestimulante) e consequente lentidão do metabolismo.
– Hipotireoidismo: aumento na produção de T3 e T4, ocasionando diminuição do TSH (hormônio tireoestimulante) e consequente aceleração do metabolismo.
– Bócio: é o aumento do volume da glândula tireoide, que pode ou não estar associado ao hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
– Tireoidites: conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide.
– Nódulo da tireoide: os nódulos na tireoide podem ser benignos ou malignos. Felizmente, a maioria deles é benigno e, muitas vezes, aparecem em forma de um caroço na parte anterior do pescoço, podendo ser visto exteriormente. Os casos onde o tratamento é necessário incluem medicação ou cirurgia.
– Câncer de tireoide: é o tumor maligno da tireoide. Quando descoberto precocemente tem alta taxa de cura, chegando a 95%. Após o tratamento, o acompanhamento de longo prazo com o cirurgião de cabeça e pescoço é muito importante para monitorar a saúde do paciente.
O câncer de tireoide é uma das disfunções onde a cirurgia, conhecida como tireoidectomia, é necessária. Para doenças nodulares volumosas da tireoide (bócios) e casos selecionados de hipertireoidismo, a cirurgia também é indicada.
O tratamento do câncer de tireoide pode depender de alguns fatores que incluem a idade do paciente e a gravidade da doença, que pode se espalhar para os linfonodos próximos ou distantes (como pulmão ou osso). Na maioria das vezes, a cirurgia é a primeira etapa para tratar nódulos cancerígenos.
Conforme a gravidade da doença, a tireoidectomia pode ser parcial (retira-se apenas um dos lados da glândula) ou total (preservando os nervos laríngeos e as glândulas paratireoides).
Na tireoidectomia total, o pós-operatório requer a reposição hormonal por meio da ingestão oral da levotiroxina (T4) sintética uma vez ao dia. A dosagem e a duração do tratamento estão sujeitos a avaliação médica, mas permitem que o paciente sem tireoide leve uma vida normal.
O prognóstico do câncer de tireoide é positivo. A doença tem alta taxa de cura, chegando a 95% dos casos, e a cirurgia é um processo seguro, quando realizado por um cirurgião de cabeça e pescoço experiente.