Quando a tireoidectomia é indicada? - Dr. Ricardo Mai
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Quando a tireoidectomia é indicada?

Ricardo Mai Rocha - terça-feira, 01 agosto de 2023

A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, responsável pela produção de hormônios que controlam o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento do corpo. Logo, quando surgem problemas na tireoide, como seu aumento exagerado, nódulos e câncer, o procedimento cirúrgico pode ser necessário.

Conhecida como tireoidectomia, a cirurgia de tireoide é o método de intervenção indicada em casos de:

Nódulos cancerígenos;

Hipertireoidismo sem a possibilidade de tratamento clínico;

Sintomas cervicais compressivos;

Doenças nodulares volumosas (bócios). 

No caso específico do câncer de tireoide, este, quando descoberto precocemente, tem alta taxa de cura, podendo chegar a 95%. Entretanto, seu tratamento depende de alguns fatores, incluindo a idade do paciente e o estágio da enfermidade (que pode se espalhar para os linfonodos). Em geral, a cirurgia é a primeira etapa para tratar nódulos cancerígenos.

O que preciso saber sobre a tireoidectomia?

Conforme a gravidade da doença, a tireoidectomia pode ser parcial ou total. É importante lembrar que a decisão sobre qual tipo de tireoidectomia será realizada depende da condição específica do paciente, da presença de malignidade ou benignidade, da extensão da doença e de outros fatores avaliados pelo cirurgião especializado.

Tireoidectomia total: toda a glândula tireoide é removida, indicada em casos de câncer de tireoide.

Tireoidectomia parcial, apenas uma parte da tireoide é retirada, geralmente quando há nódulos ou tumores localizados em uma região específica. É uma opção para casos muito selecionados de câncer de tireoide.

Ela é realizada sob anestesia geral, dura em torno de duas horas e a alta hospitalar costuma acontecer no dia seguinte. Durante o procedimento, o médico realiza uma incisão em uma das pregas na região anterior do pescoço, o que o permite observar e manipular a glândula para sua retirada parcial ou total.

Na tireoidectomia total, o pós-operatório requer a reposição hormonal por meio da ingestão oral da levotiroxina (T4) sintética uma vez ao dia. A dosagem e a duração do tratamento estão sujeitos à avaliação médica, mas permitem que o paciente sem tireoide leve uma vida normal.

É importante ressaltar que a tireoidectomia é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado por um cirurgião especializado, como um cirurgião de cabeça e pescoço. Antes de decidir pela tireoidectomia, é fundamental que o paciente passe por uma avaliação médica completa e discuta os riscos, benefícios e outras opções de tratamento com o médico.


Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Residência Médica em Cirurgia Geral na UFES e Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Mestrado em Medicina pela UFES.
Professor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da graduação de Medicina da UFES.
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